Recentemente o Brasil tem passado por uma redução do crescimento de seu
PIB econômico e também pela diminuição de suas exportações em função da crise
europeia, que dificultou e diminuiu as relações comerciais entre Brasil e
Europa. A fim de reverter a situação e retomar
a ascensão econômica brasileira, a presidente Dilma Rousseff elaborou uma lista
de exigências que inclui a redução dos juros bancários – principalmente – e a
concessão de maiores créditos que possam incentivar o consumidor a adquirir produtos
brasileiros, já que o país foi obrigado a voltar-se para o mercado interno, em
busca de margem de lucro, pois, com a recessão europeia reduziu-se a intensidade
do comércio exterior em países de todo o mundo.
Visando proporcionar uma maior obtenção de lucros para o Brasil sem
elevar as taxas inflacionárias, a presidente objetiva manter um difícil
equilíbrio entre juros e inflação de modo que os dois alcancem patamares
reduzidos.
Entretanto, a redução dos juros nem sempre surte os efeitos desejados,
tendo em vista o risco considerável da inadimplência que acarretaria numa
redução econômica ainda maior para o Brasil – com a redução dos juros e a maior
oferta de crédito cria-se um maior estímulo para o aumento de empréstimos e,
consequentemente, de endividamentos com bancos e instituições financeiras como
já vem ocorrendo com parte das famílias brasileiras que aumentou suas dívidas.
Tal fato não descartaria uma possível quebra financeira em instituições
bancárias e agências de empréstimo.
Transcorrido algum tempo após a adoção destas medidas, muitos fatores
demonstram que elas ainda não causaram impacto ao comércio e, por consequência,
ao mercado financeiro, alcançando a melhoria financeira esperada. Incentivou-se
o consumo, mas a produtividade permaneceu praticamente inalterada, não obstante
a demanda por parte desses consumidores tenha continuado no mesmo ritmo de
crescimento.
O Banco Central já reduziu a previsão de crescimento do PIB deste ano de
3,5% para 2,5%, ou seja, a economia brasileira realmente está sofrendo uma
acentuada desaceleração que se reflete no principal pilar – imprescindível para
a infraestrutura do país – o do investimento, o qual deveria ter recebido mais
incentivos. No entanto, o governo optou por ampliar a possibilidade de consumo
sem uma demanda tão eficiente para isso, ou seja, pensou-se em incentivar a
compra, mas não se pensou em estratégias que aumentem a produtividade que atenda
as necessidades da população em bens.
“É importante estimular investimentos, pois eles são a mola do
crescimento”, essa foi a declaração feita pelo ministro da Fazenda, Guido
Mantega, que somente agora parece ter percebido, juntamente com o governo, que
a produtividade é o principal ponto de estímulo ao crescimento econômico, com o
lançamento do PAC Equipamentos. Trata-se de um plano para aumentar o
investimento industrial em que o governo investirá na aquisição de caminhões e
máquinas para a construção civil, bem como de veículos militares, mesmo se os
preços destes forem até 25% mais altos que os similares importados.
O programa inclui a redução da taxa de juros do BNDES de 6% para 5,5% ao
ano. Apesar de tais medidas representarem menos de 1% da produção anual da
indústria brasileira e 0,18% do PIB, em função do valor gasto com a aquisição
dos produtos (8,4 bilhões), elas já representam um passo a ser dado para que
aos poucos esses investimentos possam crescer mais, alavancando o verdadeiro e
correto modo de se incentivar a ascensão econômica brasileira de forma linear e
desprovida de oscilações.
Por Mariana da Cruz Mascarenhas
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