Depois de 24 anos sem ganhar a presidência da França, o regime
socialista volta a governar o país com a vitória de François Hollande sobre
Sarkozy, o único presidente francês que não conseguiu se reeleger nos últimos
30 anos.
Pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que a grande crise econômica, que
continua alarmando tantos países pertencentes a UE, foi um dos fatores de maior
contribuição para a derrota do atual presidente. Os planos de austeridade fiscal -
envolvendo cortes nos gastos públicos, redução de funcionários, diminuição dos
benefícios para servidores estatais e aumento da idade para aposentadoria –
impostos por Sarkozy, que também pressionou outros países europeus a adotarem
tais medidas, fez com que a população sentisse na pele os efeitos da queda do
euro.
Por mais que a situação econômica europeia seja
extremamente alarmante, a população não aceita ser altamente prejudicada e por
isso escolhe novos governantes na esperança de que outras medidas sejam
adotadas no combate à crise. Mas será que sacrifícios como esses não seriam
necessários, tendo em vista que a crise se agrava cada vez mais em países
europeus, requerendo soluções cada vez mais austeras para lidar com um problema
de tamanha repercussão?
Por Mariana Mascarenhas
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