Praticamente
na reta final dos preparativos para a abertura deste grande marco para o
Brasil, a Copa do Mundo de Futebol, dia 12 de junho na Arena São Paulo, os
governos fazem festa, já que sediarão o maior evento futebolístico do mundo
pela segunda vez na história das Copas. Mas toda essa empolgação pode perder o
fôlego se formos analisar o que rola nos bastidores da preparação para o
torneio.
O orçamento
é um dos itens que mais assusta, afinal ele ultrapassou os 2,1 bilhões de reais
previstos em 2007 para serem gastos com a Copa – quando o Brasil foi eleito
para sediar o torneio. Hoje o país já gastou mais de 9,4 bilhões de reais e esse
número está se elevando ainda mais com a instalação das estruturas provisórias
como imprensa, área vip, segurança, estacionamento e etc...
Então, mais
uma vez, sobra para o governo arcar com estes custos extras bancados pelo
contribuinte, obedecendo a uma mudança feita em 2009 nos contratos de
construção dos estádios que delegou aos donos dos campos esportivos – nove
pertencem ao governo – os gastos com as instalações provisórias, acrescentando
assim um valor de 400 milhões de reais no já elevado orçamento.
Enquanto
isso o governo federal comemora os benefícios que o torneio trará ao país. Obviamente
não podemos negar que eles realmente existem. Segundo a agência de
classificação de riscos Moodys, 3,6 milhões de turistas virão ao Brasil, contribuindo
para fomentar as vendas do setor hoteleiro, da locação de veículos e do
comércio de um modo geral, sem contar o lucro das empresas aéreas.
Mas o outro
lado da moeda não é nada satisfatório, nem para os políticos e muito menos para
a população, que revela sua insatisfação com os excessivos gastos com o torneio,
realizando uma série de manifestações, as quais tendem a se agravar muito mais
a partir do dia 12 de junho. E o caos não para por aí: a péssima estrutura do
transporte brasileiro dificulta sua mobilidade, o que poderá paralisar o país
na Copa.
Por Mariana da Cruz Mascarenhas
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